Bicampeão
mundial, Maestro Didi completaria nove décadas
08/10/2018
às 11:43 | Assessoria CBF
Maior
personificação da mais pura classe dentro das quatros linhas, o eterno maestro
Didi completaria 90 anos nesta segunda-feira (8)
Este oito de outubro amanhece sob ares de
nobreza dentro do futebol brasileiro. Maior personificação da mais pura classe
dentro das quatros linhas, o eterno maestro Didi completaria 90 anos nesta
segunda-feira (8). Bicampeão mundial com a Seleção Brasileira na Suécia (1958)
e no Chile (1962), o Maestro abrilhantou não só a história da Amarelinha, mas
também dos clubes por onde desfilou sua categoria com a bola nos pés.
O Maestro dava o tom quando entrava em campo.
Eram seus pés que ditavam o ritmo das partidas. Sua genialidade não fazia
cerimônia: os toques magistrais, a visão de jogo brilhante e o absoluto
controle dos movimentos de campo colocavam a batuta do futebol nas mãos de seu
mais digno regente. Pela Seleção Brasileira, disputou três Copas do Mundo:
1954, 1958 e 1962. Eliminado nas Quartas de Finais em sua primeira participação
em Mundiais, Didi se sagrou campeão nas duas outras edições em que defendeu o
Brasil. Essencial para o bicampeonato, o maestro da Amarelinha foi nomeado o
melhor jogador da Copa de 1958, fato que lhe rendeu o apelido de “Mr.
Football”, tamanha sua dominância no campo de jogo. O craque disputou 15
partidas em Mundiais: foram 11 vitórias, três empates e apenas uma derrota, com
três gols anotados pelo Maestro. Em toda trajetória pela Verde e Amarela,
desfilou sua cadência refinada em 75 oportunidades.
Dono de uma elegância sobrenatural no trato
com a bola, o jovem Waldir Pereira iniciou sua trajetória profissional em 1946
no Americano-RJ, clube de Campos dos Goytacazes (RJ), cidade natal do gênio.
Três anos mais tarde, chegou ao Fluminense-RJ, onde ganhou projeção nacional e
passou a encantar o Brasil com sua magia. Desde o começo, Didi provava estar
destinado a marcar seu nome no futebol brasileiro. Foi do craque o primeiro gol
da história do Maracanã, anotado na abertura do estádio em 1950. Defendeu ainda
as camisas de grandes clubes como Botafogo, São Paulo e Real Madrid (ESP). Didi
também ficou eternizado no futebol como o inventor da “Folha Seca”, uma maneira
de bater na bola que tornava a trajetória da finalização imprevisível, como o
movimento de uma folha seca ao cair. Mais um exemplo da genialidade e dos
toques mágicos criados a partir dos pés do “Mr. Football”.
O bicampeão mundial se aposentou dos gramados
em 1966, e seguiu para a área técnica. Como treinador da seleção peruana,
classificou o país para a Copa do Mundo de 1970. Treinou ainda diversos clubes
brasileiros e estrangeiros até se aposentar de vez do futebol. O “Príncipe
Etíope”, apelido cunhado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues em alusão ao porte
físico e categoria do craque, faleceu em maio de 2001, vítima de um câncer.
Sinônimo-maior de elegância e classe em
campo, Didi deixou sua marca na história do futebol brasileiro. Gênio de estilo
único e particular, virou um craque bossa-nova: aportou requinte à simplicidade
e fez do toque de bola sua melodia mais ritmada.
A CBF recorda calorosamente a memória de
Didi, bicampeão mundial e eterno maestro da Amarelinha!
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