domingo, 24 de julho de 2016

Livros em Brasilia



Feira do livro de Brasília debate imigração e homenageia professores
  • 23/07/2016 22h55
  • Brasília







Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil
A 32º Feira do Livro de Brasília recebe entre hoje (23) e amanhã (24) o 1º Encontro Nacional de Escritores Jovens. O evento é realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e marca o último fim de semana da feira. Segundo a organização, cerca de 40 escritores de 8 a 30 anos vão trocar experiências, autógrafos, realizar oficinas, e participar da maratona de lançamento de livros.

A programação deste fim de semana inclui palestras, bate-papos, além de lançamentos e apresentações. Ao todo, a feira realizará cerca de 300 eventos simultâneos. A previsão é de que 300 mil pessoas passem pelo local.

A escritora Clarice Lispector esteve entre os temas de conversa deste sábado. Para este domingo, às 15h, está prevista uma discussão sobre a imigração, com Jéssica Paula e Raul Larrosa Balesta. A culinária será tema da roda de conversa, às 17h, com “Gastronomia e literatura”, com Iara Lemos. O último encontro desta rodada tratá de cinema, com o debate “Da sexta para a sétima arte: a ponte entre a literatura e o cinema como recursos didáticos”, com Gilvan Charles Cerqueira de Araújo.

Professores
Os grandes homenageados da edição são os professores, com o tema “Meu mestre, meu livro”. Para ressaltar a importância desses profissionais, a feira tem, logo na entrada, um mural para quem desejar escrever um recado para um professor querido.

"Logo no início, quando tomamos a decisão de fazer a feira, lembramos imediatamente dos professores. Decidimos aceitar esse desafio de fortalecer a imagem do professor, que nem sempre é remunerado de forma justa", informou Cleide Soares, uma das coordenadoras da 32ª Feira do Livro.
Edição: Armando Cardoso

domingo, 17 de julho de 2016

EUA recuperando-se



Venda no varejo e produção industrial nos EUA melhoram perspectiva
Americanos compraram automóveis e uma série de outros bens.
Aumento reforça crescimento econômico acelerou no segundo trimestre.
Da Reuters





As vendas no varejo nos Estados Unidos aumentaram mais que o esperado em junho, uma vez que os norte-americanos compraram automóveis e uma série de outros bens, reforçando as visões de que o crescimento econômico acelerou no segundo trimestre.

O cenário recebeu ainda mais suporte de outros dados divulgados nesta sexta-feira (15) mostrando que a produção industrial registrou o maior aumento em 11 meses em junho por serviços públicos e manufatura. Com a demanda doméstica se fortalecendo, a inflação também está subindo. Os dados favoráveis e a alta em Wall Street podem permitir que o Federal Reserve, banco central norte-americano, eleve a taxa de juros este ano.

O Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo subiram 0,6% no mês passado após um ganho de 0,2% em maio. Foi o terceiro mês seguido de ganhos e levou as vendas a uma alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Economistas consultados pela Reuters esperavam ganho de 0,1%.

Em um relatório separado, o Fed disse que a produção industrial aumentou 0,6% no mês passado, revertendo a queda de 0,3% de maio. A manufatura subiu 0,4% com alta de 5,9% da produção de automóveis. Já os serviços públicos registraram avanço de 2,4% na produção.

A forte demanda doméstica está sendo refletida no aumento constante dos preços ao consumidor. Em um terceiro relatório, o Departamento do Trabalho divulgou que o índice de preços ao consumidor avançou 0,2% no mês passado após alta similar em maio.

O núcleo do índice de preços, que elimina os custos de alimentos e energia, também subiu 0,2% em junho, avançando pela mesma margem por três meses seguidos.


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Brasil em recessão



Produção industrial tem queda de 9,8% de janeiro a maio
  • 01/07/2016 09h41
  • 01/07/2016 12h20
  • Rio de Janeiro
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil



 Produção industrial teve expansão zero em maio Arquivo/Agência Brasil




Depois de dois meses consecutivos de crescimento (1,4% em março e 0,2% em abril), a produção industrial brasileira fechou o mês de maio com expansão zero (0%, em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais). Com o resultado de maio, a produção industrial acumulada nos cinco primeiros meses do ano continuou negativa, fechando o período janeiro-maio com queda de 9,8%.

Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE. Na série sem ajuste sazonal, confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria encerrou maio deste ano em queda de 7,8%, a 27ª  taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a retração de 6,9% verificada em abril último, na mesma base de comparação.

Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, fechou maio deste ano com a queda de 9,5% e praticamente repetiu o recuo de 9,6% registrado em março e abril, quando mostrou a perda mais intensa desde os 10,3% de outubro de 2009.

Setores pesquisados
Apesar do crescimento nulo na produção industrial brasileira de abril para maio deste ano, na série livre de influências sazonais, houve expansão no parque fabril do país, entre um período e outro, em 12 dos 24 ramos analisados, com destaque para o avanço de 4,8% registrado por veículos automotores, reboques e carrocerias.

Segundo o IBGE, outras contribuições positivas sobre o total da indústria vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (3,6%), de indústrias extrativas (1,4%) e de metalurgia (3,4%).

A pesquisa destacou, ainda, os resultados positivos assinalados por outros equipamentos de transporte (9,5%), bebidas (2,2%), celulose, papel e produtos de papel (2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,3%) e produtos de borracha e de material plástico (2%).

Em contrapartida, entre os ramos que fecharam maio em queda em relação a abril, o IBGE destacou produtos alimentícios (-7%), e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%).

Categorias econômicas
Entre as cinco grandes categorias econômicas, o IBGE constatou, entre abril e maio, crescimento em duas, queda em outras duas e resultado nulo (0%) em outra. Os dados indicam que o principal destaque entre as categorias com resultados positivos veio de bens de consumo duráveis (avanço de 5,6% em relação a abril, interrompendo quatro meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou retração de 13%). Também com expansão na série dessazonalizada, o item bens de capital fechou positivo em 1,5%.
Já entre as duas grandes categorias que fecharam negativamente, a maior queda deu-se em setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis, com retração de 1,4%, entre abril e maio, e em bens intermediários (-0,7%). No primeiro caso, foi a segunda retração consecutiva na produção; e no segundo, o segmento de bens intermediários voltou a recuar após crescer 0,5% em abril.

Queda acumulada
Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil indicam que a queda acumulada de 9,8% nos primeiros cinco meses de 2016, frente a igual período de 2015, tem perfil disseminado, com redução em quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 75,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção.

A maior queda foi verificada na atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias: 24,2%. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (-18,3%), de metalurgia (-13,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,8%), de produtos de metal (-15,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-12,8%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%).

Já entre as das 26 atividades que ampliaram a produção nos cinco primeiros meses de 2016, a principal influência foi observada em produtos alimentícios (2,7%). Os demais resultados positivos foram registrados pelos setores de celulose, papel e produtos de papel (3,1%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).

Nas grandes categorias econômicas, a maior queda ocorreu no setor de bens de consumo duráveis, com retração de 24,7%, seguido de bens de capital, com menos 23%. No caso de bens de consumo duráveis, a maior pressão veio da redução na fabricação de automóveis (-24,4%) e de eletrodomésticos (-27,7%).

Três meses sem queda
Pela primeira vez desde 2012, a produção industrial brasileira encerra três meses consecutivos sem queda. Em 2012, a produção teve cinco meses consecutivos de expansão – de abril a agosto.

Na avaliação do gerente de coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, o cenário dos últimos meses se apresenta melhor do que o de 2015 , embora o setor ainda não sinalize uma “reversão de tendência”.

Para ele, “essa sequência positiva e esse período de maior intensidade para a produção industrial não revertem quedas passadas. Mas, embora o resultado seja ainda negativo na taxa acumulada ao longo do ano, o cenário de queda é mais intenso e o aprofundamento da trajetória descendente da produção industrial parece ter ficado para trás. São três meses sem resultados negativos, um cenário diferente do que se viu no ano passado”, disse.
(*) Texto alterado às 12h20 para acréscimo de informações
Edição: Kleber Sampaio