quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Europa, Júpiter




Nasa anuncia possíveis colunas de vapor de água em lua de Júpiter
Por Jean-Louis SANTINI26 de setembro de 2016










Astrônomos da Nasa revelaram nesta segunda-feira que detectaram colunas de vapor de água sobre a superfície de gelo de Europa, uma das luas de Júpiter, sob a qual há um oceano.

"O oceano de Europa é considerado um dos lugares mais promissores no sistema solar onde potencialmente pode existir vida", disse Geoff Yoder, diretor interino da Nasa para a Ciência.

Europa contém um vasto oceano, com o dobro de água de todos os oceanos terrestres reunidos, que se encontra sob uma crosta de gelo extremamente fria e muito dura, cuja espessura é desconhecida.

"Essas colunas de vapor, se sua existência for confirmada, poderiam oferecer outro meio para obter amostras de água que se encontra debaixo do gelo", acrescentou. Aparentemente, as colunas alcançavam cerca de 200 km de altitude, deixando cair materiais sobre a superfície da lua.

Durante as dez observações da passagem de Europa diante de Júpiter, efetuadas em um período de 15 meses, em três ocasiões foi possível perceber o que poderiam ser gêisers, detalharam os cientistas.

Com a ajuda de emissões de raios ultravioleta do telescópio espacial Hubble, esses potenciais gêiseres foram observados no extremo sul da Europa e aparecem como "manchas escuras", explicou William Sparks, astrônomo do Space Telescope Science Institute, em Baltimore.

Sparks é o autor principal dessas observações, que serão publicadas na próxima edição da revista americana Astrophysical Journal.

Apesar de que não puderam afirmar com exatidão que realmente se trata de colunas de vapor de água, os astrônomos consideram tal possibilidade "substancial".

Conclusões coincidentes
"Quero enfatizar que as observações estão no limite do que o Hubble é capaz de fazer", disse Sparks, que advertiu que são necessários mais testes para que os cientistas tenham certeza de que se trata de colunas de vapor de água, seja com o telescópio Hubble ou com outra técnica de observação independente.

"Não afirmamos que provamos a existência de colunas de vapor de água, senão que oferecemos provas de que pode existir tal atividade", esclareceu.

Em 2012, outra equipe científica dirigida por Lorenz Roth, do Southwest Research Institute, em San Antonio, detectou vapor de água saindo da superfície da Europa, na região do polo sul, alcançando 160 km no espaço.

As duas equipes usaram o mesmo instrumento do Hubble para fazer suas observações, um espectrógrafo, mas aplicaram métodos totalmente diferentes e chegaram à mesma conclusão.

Se a existência dessas colunas de vapor de água for confirmada, Europa será a segunda lua no sistema solar conhecida por contar com esses fenômenos.

Em 2005, emissões como estas foram detectadas, pela sonda Cassini da Nasa, na superfície da Encélado, uma das luas de Saturno.

- Missão futura -
A Nasa anunciou no ano passado que pretende enviar uma nave robótica equipada com instrumentos científicos para dar voltas ao redor de Europa na década de 2020.
O objetivo dessa missão não será encontrar vida, mas medir a habitabilidade de Europa, ou seja, ver se existem as condições necessárias para que organismos vivos possam subsistir nesta lua, que orbita Júpiter a cada três dias e meio.

A próxima geração de telescópios espaciais da Nasa, o James Webb Space Telescope, será lançada em 2018 com o objetivo de buscar sinais de água em Europa.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Ricos não vão para a cadeia, não adianta



Eletronuclear: delatores têm penas como prisão domiciliar e regime semiaberto

  • 20/09/2016 08h52
  • Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
Seis beneficiados por acordos de delação premiada no caso de corrupção na Eletronuclear tiveram suas penas definidas pelo juiz Marcelo Bretãs, da 7ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro. Entre as penas definidas estão regime domiciliar com monitoramento eletrônico, regime semiaberto e regime aberto diferenciado.

Condenado a 18 anos de reclusão, o ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, cumprirá os três regimes: um ano de regime fechado domiciliar, dez meses em semiaberto e dois anos em regime aberto. Flávio David Barra terá a mesma pena.

Saiba Mais
Clóvis Renato Primo, que tem uma condenação de dez anos, Rogério Nora de Sá, condenado a 17 anos, e Gustavo Ribeiro de Andrade Botelho, com condenação de 15 anos, cumprirão 18 meses em regime semiaberto e dois anos em aberto.

Outra pena
Já Olavinho Ferreira Mendes cumprirá três anos em regime aberto diferenciado, durante os quais prestará 20 horas mensais de serviço à comunidade.

Em agosto, 13 pessoas foram condenadas por envolvimento em um esquema de corrupção envolvendo contratos da estatal Eletronuclear. Entre elas, o ex-presidente da empresa, Othon Luiz Pereira da Silva, que foi condenado a 43 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, embaraço às investigações, evasão de divisas e participação em organização criminosa.
Segundo o Ministério Público Federal, que pediu a condenação, Othon recebia 1% de propina nos contratos firmados entre a estatal e as empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, para a construção da Usina Nuclear Angra 3, no complexo nuclear de Angra dos Reis.

Edição: Kleber Sampaio