Comércio
do Rio gastou quase R$ 1 bilhão com segurança no primeiro semestre
- 19/09/2017 12h49
- Rio de Janeiro
Douglas
Corrêa - Repórter da Agência Brasil
Violência
constante incentiva que o comércio feche as portas Fernando Frazão/Agência
Brasil
O comércio varejista do município do Rio gastou R$
996 milhões com segurança de janeiro a junho desse ano. O número foi
apresentado na pesquisa Gastos com segurança em estabelecimentos comerciais,
do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio).
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Dos 750 lojistas entrevistados, 180 já tiveram seus
estabelecimentos assaltados, furtados ou roubados – número cerca de 20% maior
do que no mesmo período do ano passado.
Do total dos gastos, R$ 667 milhões foram com
segurança privada e vigilantes, R$ 289 milhões com equipamentos de vigilância
eletrônica e R$ 40 milhões com gradeamento, blindagens, reforços de portas e de
vitrines e com seguros.
Para o presidente do Clube de Diretores Lojistas do
Rio de Janeiro, Aldo Gonçalves, é como se fosse mais um tributo pago pelos
lojistas, que já sofrem com a burocracia e a carga tributária. “A violência
urbana na cidade do Rio de Janeiro vem prejudicando bastante o comércio, já
afetado pelo quadro econômico do país e, em especial pela crise do Estado do
Rio, que tem influído profundamente no comportamento do consumidor, que por um
lado fica com medo de sair de casa e por outro reduz seus gastos, entre eles as
compras", afirmou.
Mais de 4.150 estabelecimentos comerciais fecharam
suas portas entre janeiro e junho na cidade (76% a mais do que no mesmo período
do ano passado) e mais de 9,7 mil no estado do Rio (55% a mais do no mesmo
período de 2017), destacou Gonçalves.
O dirigente lamentou a crise das Unidades de
Polícia Pacificadora (UPPs), projeto cuja implantação trouxe esperança para a
população e animou os comerciantes, especialmente na Zona Norte da capital
fluminense. “Na época, no lugar de inúmeras lojas fechadas nos bairros
adjacentes àquelas comunidades, surgiram novos estabelecimentos, com decoração
e vitrines modernas, retomando a geração de emprego e movimentando a economia
local”, lembrou.
Edição: Lidia
Neves