CSN
começa a demitir funcionários em Volta Redonda, diz sindicato
Em
dezembro, entidade disse que empresa pretendia dispensar 3 mil. Companhia não
quis se pronunciar sobre caso. Do G1 Sul do Rio e Costa Verde
CSN (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
O
Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, RJ, afirmou neste sábado (9) que a
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começou a demitir funcionários da Usina
Presidente Vargas. A entidade não divulgou um número oficial até a publicação
desta reportagem.
Na tarde de sexta-feira (8),
estava prevista uma manifestação na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa
Cecília, mas por conta de um problema com o carro de som que seria utilizado, o
ato acabou não ocorrendo. Representantes de movimentos sociais e da Igreja
Católica distribuíram uma carta aberta pedindo que a empresa reveja os cortes e
a suspensão de benefícios dos trabalhadores da companhia.
“O problema de demissões na atual
crise é um problema de todos nós. Vai afetar toda sociedade. Então eu, como
padre representando a Igreja Católica e outros segmentos da nossa igreja,
queremos dizer que nós estamos dando total apoio aos trabalhadores. A gente
está trabalhando para demissão zero e não a perda do direito dos trabalhadores
da CSN", falou o padre Juarez Sampaio.
Cerca de 300 pessoas foram demitidas
(Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
(Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
Funcionários da CSN disseram à
produção do RJTV que as primeiras demissões foram feitas na sexta-feira.
Segundo eles, na ocasião, empregados de vários setores da empresa foram
comunicados.
"As demissões estão
acontecendo. Começaram acontecer hoje [sexta-feira], 7h30 da manhã e até o
presente momento, aproximadamente 300 demissões”, comentou o metalúrgico Vitor
Raimundo Júnior.
Em dezembro de 2015, o sindicato divulgou que a Companhia
Siderúrgica Nacional pretende desativar equipamentos como o Alto-Forno 2.
A medida pode reduzir a produção de aço em 30% e provocar a demissão de até 3
mil funcionários. A incerteza deixa os quase 16 mil empregados diretos e
indiretos preocupados.
"A demissão há, a crise há e
ninguém pode fazer isso. Mas vamos tentar superar isso aí no dia a dia",
comentou um funcionário.
Em nota enviada à produção do
RJTV, o presidente do sindicato, Sílvio Campos, disse que terá uma reunião na
manhã de segunda-feira (11), com o governador Luiz Fernando Pezão para pedir
apoio contra as demissões. O encontro será no Rio de Janeiro. Já a Companhia
Siderúrgica Nacional, não quis se pronunciar sobre o assunto.