sábado, 9 de janeiro de 2016

Mudanças forçadas



CSN começa a demitir funcionários em Volta Redonda, diz sindicato
Em dezembro, entidade disse que empresa pretendia dispensar 3 mil. Companhia não quis se pronunciar sobre caso. Do G1 Sul do Rio e Costa Verde






 CSN (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)



O Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, RJ, afirmou neste sábado (9) que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começou a demitir funcionários da Usina Presidente Vargas. A entidade não divulgou um número oficial até a publicação desta reportagem.







Na tarde de sexta-feira (8), estava prevista uma manifestação na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, mas por conta de um problema com o carro de som que seria utilizado, o ato acabou não ocorrendo. Representantes de movimentos sociais e da Igreja Católica distribuíram uma carta aberta pedindo que a empresa reveja os cortes e a suspensão de benefícios dos trabalhadores da companhia.

“O problema de demissões na atual crise é um problema de todos nós. Vai afetar toda sociedade. Então eu, como padre representando a Igreja Católica e outros segmentos da nossa igreja, queremos dizer que nós estamos dando total apoio aos trabalhadores. A gente está trabalhando para demissão zero e não a perda do direito dos trabalhadores da CSN", falou o padre Juarez Sampaio.

Cerca de 300 pessoas foram demitidas
(Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

Funcionários da CSN disseram à produção do RJTV que as primeiras demissões foram feitas na sexta-feira. Segundo eles, na ocasião, empregados de vários setores da empresa foram comunicados.

"As demissões estão acontecendo. Começaram acontecer hoje [sexta-feira], 7h30 da manhã e até o presente momento, aproximadamente 300 demissões”, comentou o metalúrgico Vitor Raimundo Júnior.

Em dezembro de 2015, o sindicato divulgou que a Companhia Siderúrgica Nacional pretende desativar equipamentos como o Alto-Forno 2. A medida pode reduzir a produção de aço em 30% e provocar a demissão de até 3 mil funcionários. A incerteza deixa os quase 16 mil empregados diretos e indiretos preocupados.

"A demissão há, a crise há e ninguém pode fazer isso. Mas vamos tentar superar isso aí no dia a dia", comentou um funcionário.

Em nota enviada à produção do RJTV, o presidente do sindicato, Sílvio Campos, disse que terá uma reunião na manhã de segunda-feira (11), com o governador Luiz Fernando Pezão para pedir apoio contra as demissões. O encontro será no Rio de Janeiro. Já a Companhia Siderúrgica Nacional, não quis se pronunciar sobre o assunto.